Desde a hora em que fechamos nossa viagem ao Egito eu sabia que queria me hospedar em um hotel com vista para as pirâmides em Giza (ou Gizé, em português), mas mal sabia eu que a missão de achar uma acomodação em pleno cartão-postal egípcio seria um desafio e tanto. Aliás, encontrar hospedagem no Egito não é coisa fácil, são muitas as opções, mas parece que elas se dividem em apenas dois tipos: aqueles hotéis familiares, que a gente desconfia das fotos e são bem baratos, e os hotelões de rede, esterilizados, verdadeiras bolhas – focados em turistas americanos e europeus – que cobram os olhos da cara em nome da “segurança” que os hóspedes terão em suas dependências. Não me entenda mal, é óbvio que os hotéis de rede são válidos, mas para mim, não nesse caso.
Vista do cartão-postal no terraço do hotel Pyramids Height |
Enfim, com boa pesquisa e um tantinho de sorte, deu para achar uma hospedagem honesta com vista para as pirâmides. Reservamos o Pyramids Height Hotel & Health Centre por 55 dólares, a noite para duas pessoas com café da manhã incluso.
Transfer entre o aeroporto Sphinx e Gizé
Dias antes de chegarmos entramos em contato através do whatsapp para organizar com o próprio hotel um transfer a partir do Sphinx International Airport, pois lemos previamente que esse aeroporto é distante da cidade e a oferta de táxis e carros por aplicativo não é tão farta assim, principalmente à noite, que era quando chegaríamos. Portanto, achamos mais seguro ter esse deslocamento já garantido com antecedência. A negociação do valor do táxi entre o aeroporto e o hotel começou em 25 dólares e terminou em 15 dólares, aceitável, porque além da conveniência do serviço, a viagem era relativamente longa.
Deixamos tudo acordado e no dia e hora marcados o motorista estava com nosso nome nos esperando na porta do aeroporto. Entramos no táxi e a corrida entre o aeroporto Sphinx e nosso hotel em Giza durou cerca de 40 minutos. Momentos antes de chegarmos ao ponto final, porém, o motorista – que seguia calado todo o trajeto – aponta pra frente e fala: PYRAMIDS!
Hospedagem com vista para as Pirâmides de Gizé
Tava tudo escuro, claro, já era umas onze e meia da noite, mas só a sombra das pirâmides em meio à mistura de areia e poluição, arrepiou. É grandioso demais! Foi a carga de adrenalina que precisávamos para, enfim, termos a certeza de que estávamos no Egito.
O hotel tem alguma personalidade na decoração |
Um parêntese aqui: a ideia ao fechar o transporte com o próprio hotel foi também garantir o nosso quarto na categoria reservada afim de não haver mal entendido, já que nossa chegada estava programada para tarde da noite. Li relatos onde os quartos vão sendo atribuídos para hóspedes que chegam mais cedo e, às vezes, quem chega tarde já não encontra a categoria reservada disponível. Deu tudo certo, já no hotel fizemos o check-in rapidamente, o funcionário simpático nos levou até o cômodo para deixarmos as malas e logo nos encaminhou até o terraço de onde, de forma orgulhosa, nos apresentou às pirâmides. A visão, agora mais próxima e sem a velocidade do carro, impressionou ainda mais. Nos impressionou tanto que passamos cerca de 40 minutos lá em cima, lanchamos um sanduíche que levamos na mochila junto com uma coca-cola que compramos no hotel e seguimos embasbacados.
A adrenalina foi tanta que foi até difícil dormir, não por qualquer problema no quarto, mas porque era inacreditável que eu estava no Egito, de ladinho das pirâmides, no 60° país que eu visito. Pra mim, sem dúvida, um feito e tanto.
Por falar em quarto, uma descrição rápida. Na nossa suíte havia duas camas, ar condicionado, mesa de apoio, tv, chaleira elétrica, frigobar, água de cortesia, banheiro e umas amenities bem básicas, além de uns chinelos desses de hotel. Não se engane pelo “Health Centre” no nome do hotel, é tudo muito simples.
De um lado uma cama de casal e penteadeira |
Do outro lado: cama de solteiro e frigobar |
Como disse, a diária incluía café da manhã e esse, servido no terraço, incluía vista para as pirâmides, é claro. Viajamos na transição da baixa para alta temporada, então não tinham muitos hóspedes no hotel, o que deixou tudo ainda mais surreal.
Café da manhã com vista para as pirâmides
A refeição foi servida com muita cordialidade, uma serie de pratinhos foi colocada à mesa com frutas – foi nesse momento que descobrimos que a goiaba é uma fruta muito apreciada no Egito –, ovo frito, pães, frios, iogurtes, além de algumas delícias típicas como falafel (bolinho de grão de bico ou lentilhas), ful mudammas (uma pasta de fava bem temperada),azeitonas, lentilhas e legumes… Um verdadeiro banquete. Pedimos chá e café para acompanhar. Mas, sinceramente, a vista preenche o corpo e a alma, quase não sentimos fome. A vontade era ir rápido visitar as Pirâmides do Egito.
Duas coisas típicas do Egito nessa foto: goiaba branca e as pirâmides |
Café da manhã a céu aberto e uma vista toda só pra gente |
E o diferencial que nos fez fechar nossa primeira noite em terras egípcias nesse hotel é que ele fica a poucos metros da bilheteria das pirâmides. Não levamos mais do que 3 minutos para chegar à fila para comprar nossas entradas. Ou seja, tudo redondinho como a gente queria. Melhor jeito de começar nosso roteiro de 7 dias pelo Egito, impossível.
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