Revistas de viagem e programas de tv como o Globo Repórter, antigamente eram os responsáveis por adicionar destinos à nossa lista de desejos de viagem. Vou puxar brasa para a minha sardinha e confessar que os blogs também têm esse papel, um exemplo é o meu post Grüner See, que viralizou em 2011. Esse lago na Áustria surge entre a primavera e o verão, pois suas águas são oriundas degelo das montanhas de neve que ficam nos arredores da região. O fenômeno atrai mergulhadores e curiosos do mundo todo, pois a profundidade do lago chega a 10 metros no seu pico. A partir daí o Green Lake – e muitos outros destinos – entrou no radar de muita gente depois dessa publicação.
A natureza da Suíça é imbatível |
De uns anos para cá o Instagram também assumiu essa função e passou a trazer lugares de beleza sem igual ao conhecimento das pessoas, e eu me incluo nesse grupo. Um dia, acho que em 2020, em pleno começo da pandemia, onde a gente só podia viajar através das fotos dos outros, vi uma imagem embasbacante do Valle Verzasca. Isso não pode ser um rio, pensei. Tem photoshop, pensei. Foram muitos pensamentos enquanto abria o google maps para descobrir onde ficava esse paraíso.
De cara, pelo nome a gente acha que o Valle Verzasca fica na Itália, mas pesquisando rapidamente, descobre-se que essa surra de beleza fica na Suíça mesmo, claro, mas na porção italiana do país. Salvei esse lugar no meu mapa (e na minha mente) e pensei: um dia, quando voltar a ser possível viajar, vou lá!
Com mais de 400 anos a Ponte dei Salti continua atraindo turistas para a região |
Ano passado, depois de vacinados, quase no fim do verão, resolvemos viajar de carro entre a Suíça e a Itália. E já que estávamos de carro, não pensamos duas vezes em adicionar uma parada em Lavertezzo, a pequena vila onde fica a parte mais convidativa para um mergulho no rio Verzasca e o cartão postal do vale, a Ponte dei Salti.
Viajar de carro pela Suíça é ver uma paisagem incrível atrás da outra |
A distância entre Zurique e Lavertezzo é de cerca de 250km e a estrada é linda, o que faz a viagem passar num piscar de olhos. Demos a sorte de escolher o dia que fez mais sol e calor na nossa viagem para ir até lá. O jeito mais fácil de chegar à região é de carro mesmo, ao longo da estrada tem vários pequenos estacionamentos, o mais perto da ponte deve caber uns 15 carros. Por sorte, conseguimos uma vaga ali mesmo. Você faz o pagamento do estacionamento numa máquina (2 CFH a hora) e coloca o ticket no painel do carro e vai ser feliz.
A permanência máxima é de 3 horas, que são mais do que suficientes para um passeio pela região e um mergulho no rio. Vá por mim, a água é MUITO gelada, você não vai conseguir ficar muito tempo lá dentro. E depois de uma certa hora, por causa da montanha, o sol bate menos na área do banho, então o frio pode apertar. Se a sua viagem for fora do verão e um mergulho não for possível, meu conselho é que você tente visitar o lugar pelo menos em um dia de sol, porque faz toda a diferença na coloração das águas que cortam o vale. Vi fotos feitas em dias nublados e nem de longe é impactante como em dias de sol.
A melhor área do Valle Verzasca para um mergulho no verão |
A água do rio Verzasca é gelada, mas eu saí de muito longe pra ficar só olhando |
Parece uma miragem verde-esmeralda |
Pude comprovar que o rio que corta o Valle Verzasca tem as águas mais límpidas que já vi. Sem filtro, sem photoshop, sem brincadeira. É algo, realmente, inesquecível. E foi surpreendente ver que através de uma ferramenta com tanta ilusão feito o instagram, a gente conheceu um lugar de verdade.
👆Lembre-se de ter na mochila água, lanche, canga para forrar as pedras onde vai sentar e calçado confortável para percorrer trilha e caminhos desnivelados;
♿ Vale dizer que esse não é um passeio para quem tem alguma dificuldade de mobilidade, uma vez que para chegar até à margem do rio é preciso andar sobre as pedras e fazer uma trilha curta.
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