Para quem acompanha o Instagram do raphanomundo sabe que passamos os últimos 24 dias dando um rolê pelo Sudeste Asiático. E para começar a série de posts dessa viagem, primeiro falo da nossa experiência de voo com uma cia aérea nova no nosso currículo. São muitas as opções de voos para a Ásia partindo daqui da Europa, mas a possibilidade com o preço mais atrativo nas nossas pesquisas foi a Air China, saindo de Munique, chegando em Bangkok, fazendo uma escala longa (12 horas) em Pequim, na ida, e 18 horas em Xangai, no retorno. Pagamos 390 euros, por pessoa, com bagagem despachada inclusa.
Compramos a passagem através de uma agência online e, por isso, não conseguimos fazer o check-in através do site da Air China. Posteriormente, descobrimos ser um procedimento normal da cia aérea chinesa. Então chegamos ao aeroporto de Munique com pouco mais de 3 horas de antecedência, a fim de fazer o check-in cedo e conseguir assentos juntos nos dois trechos da viagem. O procedimento foi feito de forma rápida e cordial, aliás, todos os momentos em que tivemos contato com funcionários da Air China foram sempre permeados por muita gentileza e eficiência. Certamente, uma das companhias com as pessoas mais gentis que já voamos.
O voo Munique - Pequim
O embarque foi feito de forma organizada, rápida e o voo saiu pontualmente. Esse trecho da viagem foi feito numa aeronave Boeing 777, aparentemente com bastante tempo de uso, cujo modelo de assentos é 3-4-3. Nas poltronas encontramos kit com travesseiro e cobertor, além de fones de ouvido extra auriculares, aqueles que ficam por cima da orelha, bem mais confortáveis. Como o voo partiu da Alemanha no começo da tarde, por volta das 13h, foi servido primeiro um almoço, as opções eram Porco com Batatas e Legumes ou Arroz Frito. Bebidas foram servidas antes e durante a refeição, bem como água foi oferecida em alguns períodos do voo. Pouco antes do pouso, uma curiosidade, eles passaram na TV coletiva do avião um vídeo com alguns exercícios de alongamento para fazermos no nosso assento e boa parte dos passageiros aderiu à recomendação. Foi divertido. Lá pela sétima hora de voo, foi servido um jantar, onde havia uma opção para agradar o paladar chinês/oriental e outra voltada para o paladar ocidental, uma massa. O entretenimento a bordo, disponibilizado em telas individuais era satisfatório, havia alguns filmes, séries, documentários, uma boa seleção para o tempo passar mais rápido.
Há cerca de 2 ou 3 anos não era possível usar equipamentos eletrônicos (celular, notebook ou tablet) a bordo dos voos da Air China, mas essa proibição caiu, então temos mais opções de entretenimento se levarmos em conta a seleção pessoal que carregamos nos nossos aparelhos.
>> Em breve: Leia aqui sobre o nosso Layover em Pequim
Assista ao vídeo com tudo o que fizemos durante o nosso layover de 12 horas em Pequim:
O voo Pequim - Bangkok
Depois de 12 horas em Pequim, reembarcamos novamente num Boeing 777 da Air China com destino à capital tailandesa, Bangkok. O voo, que partiu com atraso de 1 hora, às 20:30, tem pouco menos de 5 horas de duração. A exemplo do primeiro trecho, esse voo também transcorreu sem problemas. Foi servida uma refeição quente, no mesmo padrão que vimos na primeira parte da viagem, bem satisfatória.
O voo Bankgok - Xangai
O retorno pra casa foi mais longo, começando na noite de sexta em Bangkok, embarcando rumo a Xangai. O Aeroporto Internacional de Bangkok-Suvarnabhumi está entre os 20 mais movimentados do mundo e o balcão da Air China estava particularmente conturbado naquela noite, levamos quase duas horas para chegarmos em frente ao portão de embarque, por isso é bom chegar com tempo ao aeroporto. Ali mesmo, na hora de despachar a bagagem, descobrimos que o procedimento em Xangai é diferente de Pequim, que não é possível reaver as malas só no destino final, temos que retirá-las na esteira do aeroporto de Xangai e novamente despachá-la no balcão de check-in da Air China.
Essa perna da viagem foi feita em um Airbus A321, com distribuição de assentos no estilo que estamos familiarizados, 3-3. Como era um voo de madrugada, foi servido a bordo um café da manhã, novamente foram oferecidas duas opções, um café ocidental, com omelete, salsicha, batatas e pão quentinho, e uma oriental, um mingau tailandês, acompanhado de frutas, iogurte e salada, sem dúvida, uma das melhores refeições que já fiz a bordo nesses 10 anos de estrada.
Usando a acomodação gratuita da Air China em Xangai
Como nossa conexão em Xangai era longa, cerca de 18 horas, e estávamos muito cansados da jornada de 24 dias de viagem pelo Sudeste Asiático, resolvemos testar o Transit Hotel gratuito que a Air China oferece para essas ocasiões. Na verdade, algumas companhias oferecem acomodação gratuita dependendo da duração da conexão e das condições da passagem, são elas: Turkish Airlines, Emirates, TAP, Royal Air Maroc, Ethiopian, Air Canada, Etihad, entre outras. É preciso se informar a respeito das condições e fazer a solicitação prévia do serviço. No caso da Air China você deve entrar em contato com a central de atendimento para conseguir acesso ao portal de serviço online da companhia. Após isso, solicitar a acomodação com antecedência.
Depois de feitos os trâmites de imigração no país e recuperar nossas malas, seguimos para o balcão da companhia aérea para perguntar sobre o transfer que nos levaria até o hotel. É preciso achar a pessoa certa para tratar o assunto, já que as funcionárias que ficam junto às maquinas de check-in, por exemplo, não sabem informar sobre o serviço. Levou cerca de meia hora até o transfer nos buscar. O Transit Hotel, ao contrário do que eu esperava, não está nas cercanias do aeroporto, está a 15 minutos de carro de distância.
A funcionária que nos recebeu mal falava inglês, mas mesmo assim, usando aplicativos, conseguimos nos comunicar. Desde a recepção, o hotel não tinha uma boa aparência, ela deu um quarto para cada um de nós, mas resolvemos usar só um mesmo e devolvemos o outro. Logo no primeiro momento notamos que as condições de higiene desse hotel eram precárias, mas o cansaço nos venceu e dormimos de forma profunda. Acordamos para almoçar e pagamos 3 euros por pessoa para ter acesso ao buffet do restaurante que fica junto ao hotel. Cena de filme de terror. Mal comemos, na verdade. Não víamos a hora de retornar ao aeroporto. Para encurtar o suplício, digo que não vale a pena usar o serviço de Transit Hotel da Air China. Se for o caso, é melhor abrir mão da oferta e escolher e pagar um hotel por conta própria, há várias opções de hotéis nos arredores do aeroporto de Xangai.
O voo Xangai - Munique
Se não fosse o episódio aí de cima, a Air China estava no topo do nosso ranking de companhias aéreas que já testamos e a cereja do bolo foi o voo de volta até a Europa a bordo do novíssimo Airbus A350. Embarcamos tranquila e pontualmente no avião para mais um voo totalmente noturno. A disposição dos assentos desse tipo de aeronave segue o modelo 3-3-3, o que nos deu a sensação de mais espaço e conforto. O entretenimento de bordo podendo ser acessado em telas touch screen, pareceu até mais atrativo, sem contar as entradas usb, que permitiam carregar nossos próprios aparelhos eletrônicos. O serviço de bordo seguiu o padrão que vimos até agora, uma comida boa, sempre com duas opções, além de uma grande seleção de bebidas. Dormi tranquilamente umas 7 horas das 12 que compreendem o voo entre Xangai e Munique.
Mas e aí, vale a pena voar Air China?
Como disse, pagamos um valor muito barato nas passagens e tudo, exceto o Transit Hotel, foi excelente com a Air China. Antes de voar com a cia chinesa lemos comentários terríveis, mas não experienciamos nada do que lemos, nos deparamos com comissários simpáticos e solícitos, comida boa e aeronaves, quando não novas, em bom estado. Na nossa análise, vale, sim a pena voar com Air China.
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