Quando começou o buzz na mídia sobre uma companhia aérea norueguesa pedindo autorização à ANAC para operar voos entre Londres e o Brasil, já sabíamos que este seria o segundo - e não o primeiro passo - da Norwegian para competir no mercado sul-americano.
Voamos com a Norwegian pela primeira vez em abril desse ano. Cia aérea de baixo custo vai operar no Brasil |
Quando voamos em abril deste ano com a companhia aérea entre Helsinki e Copenhague, já estava claro na mensagem do CEO Bjørn Kjos na revista de bordo, que os planos da companhia são ambiciosos. A Norwegian opera voos no modelo de negócios low-cost dentro da Europa e entre a Europa (não apenas Noruega) e Estados Unidos, Cingapura, Tailândia e, desde fevereiro de 2018, Argentina.
Nós tivemos uma experiência excelente com a companhia e podemos adiantar o que esperar nas futuras rotas entre o Brasil e Londres:
- Baixo custo ou low-cost não significa necessariamente barato
Empresas que operam neste modelo costumam separar o custo da passagem - a garantia de que você vai realizar a viagem do ponto A ao ponto B naquele dia e horário - de todos os outros opcionais que podem ser incluídos na sua viagem (experiência a bordo). E aqui estamos falando de custos opcionais, como: marcar um assento, peso e dimensões da bagagem de mão, direito de despachar bagagem de porão, refeições e bebidas, acesso a entretenimento de bordo exclusivo e wi-fi durante o voo. Isso sem falar das diferentes classes de tarifa que englobam alguns desses custos e/ou diferenciam as penalidades por alterações e cancelamentos.
Além disso a precificação das rotas é regida por fatores externos, como concorrência na mesma rota e se há muita demanda.
O interior do novo 737 MAX 8 da Norwegian |
Por exemplo, nós pagamos 50€ pelo ticket só ida na tarifa LowFare (nenhum opcional incluído) entre HEL e CPH. Low-cost, mas não exatamente barato. Entretanto, melhor custo para a rota e dia em que precisávamos viajar.
Se você quiser ter uma prévia dos custos de opcionais, veja a lista de serviços e preços no site da Norwegian (em inglês).
Antes da decolagem no aeroporto de Helsinki |
2. Aviões novos, modernos e com conforto similar às cias aéreas tradicionais (em alguns casos até melhor)
Conforto é um fator decisivo para uma viagem aérea. As cias de baixo custo são famosas por reduzir o conforto e qualidade dos serviços em suas cabines, mas não foi o que sentimos ao voar Norwegian. Pra começar, voamos num novíssimo 737 MAX 8 com bom espaço entre as poltronas e bagageiro mais espaçoso para acomodar as bagagens de mão. Por operar aviões mais jovens, a média da sua frota fica bem abaixo se comparado com companhias tradicionais. Nas rotas de longa distância, incluindo a futura rota para o Brasil, a empresa opera apenas aeronaves Boeing 787-8 Dreamliner, divididas em duas classes: Economy e Premium.
Low cost Norwegian chega ao Brasil
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Para os curiosos é possível ver e comparar a idade média de frotas em sites como este.
Para comparar espaço entre as poltronas, sempre é possível com o Seat Guru.
3. Tripulação e funcionários trabalhando com cordialidade
Desde o embarque em Helsinki até desembarque em Copenhague, não observamos um funcionário da Norwegian tratando passageiros de forma questionável. Num ambiente tão dinâmico e estressante como o da aviação, é um bom sinal se deparar com funcionários aparentando (e demonstrando) bom humor e cordialidade.
4. Bom entretenimento de bordo
Não dá pra negar que faz sim diferença ter uma revista de bordo para folhear e, se tiver algo passando em telas, vai ajudar a distrair e passar o tempo de voo. No 737 MAX tivemos os dois. Telas coletivas passavam pequenas reportagens de cunho turístico e a revista de bordo - chamada N by Norwegian - é boa, realizada com influências claras do design escandinavo e promovendo muito bem o turismo destes países. Desde a edição de março, a Argentina apareceu como tema algumas vezes para divulgação da rota.
Ficou curioso e quer ler a revista N on-line? É só acessar esse link |
Com base na nossa primeira impressão, a Norwegian entrega um excelente serviço. Estamos ansiosos para voar num trecho de longa distância em um Dreamliner e comprovar se também veremos isso na rota para o Brasil.
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