Atualizado em 07/12/2022
Em 2013, quando voltamos da nossa primeira vez em Roma, fiz um post sobre onde comer na capital italiana que até hoje é muito bem acessado e recomendado. Inclusive foi uma tentação retornar à cidade eterna e não revisitar esses lugares, no entanto, eu tinha que trazer mais novidades para o blog e me lancei novamente na árdua tarefa (contém ironia) de encontrar outros bons lugares para comer em Roma.
Supplì
Começo as dicas de restaurantes em Roma com uma descoberta fabulosa. A vontade que dá é de repetir esse endereço as 5 vezes por aqui e pronto. Tal qual a nossa coxinha no Brasil, a Itália também detém umas iguarias fritas na manga, como o Arancino e o Supplì. Ambos são bolinhos de arroz dos mais diversos sabores, sendo que o primeiro é de origem Siciliana e o segundo, Romana. Pois foi o Supplì al telefono, nome completo dessa maravilha, que abriu nossos trabalhos em Roma.
Numa lojinha aberta em 1979, no coração do boêmio bairro de Trastevere, está a lanchonete que leva o nome do bolinho: Supplì. No pequeno espaço disputado, nos acercamos do balcão, pedimos duas unidades – coisa de menos de 2 euros cada – e na calçada mesmo degustamos. A regra é uma só, o Supplì deve estar quente ao ponto da mozzarella que se encontra no recheio fazer um fio ligando as duas partes divididas na mordida (daí o “al telefono” do nome). E tava quentinho, fez o fio e, putz, que coisa deliciosa! Não é de se admirar que fizemos um segundo round nesse fast food mais que italiano, né?
>> Supplì: Via di S. Francesco a Ripa, 137, Trastevere | De segunda a sábado, das 10h às 22h | Pagamos 10 euros
Hostaria i buoni amici
Lembro que nesse dia já havíamos andado bastante quando chegamos a um endereço tradicional na cidade, mas que só estava trabalhando com reservas. Dali até a nossa segunda opção, a Hostaria i buoni amici, foi mais uma caminhada de quase 1km. Chegamos na porta do lugar, também sem reserva e pediram que a gente esperasse uns 5 minutos. Nos colocaram numa mesa para dois apertadinha e muito próxima a outra mesa. Pelo avançado da hora e cansaço o meu mau humor já dava sinais.
Sentei achando tudo ruim, até que pedimos um vinho e entrada, uma salada de polvo bem fresca. Ah, vale dizer que a casa, além de massas tradicionais, tem frutos do mar fresquíssimos. Aos poucos fui gostando do ambiente simples, do atendimento simpático e, claro, da comida. Pedimos como prato principal, um Risotto alla pescatora e um Gnocchi alle vongole, foi o que bastou para a gente se sentir como se estivéssemos jantando na casa de amigos. Que comida gostosa! Que noite de sábado! Ainda tinha um espacinho para provar um doce do tentador buffet que ficava bem no meu campo de visão. Fui de Cannolo – porque Cannoli é plural, aprendi naquela noite. Assim como aprendi que segundas opções podem converter-se em felizes descobertas.
>> Hostaria i buoni amici: Via Aleardo Aleardi, 4, San Giovanni | De segunda a sábado, das 12:15 às 15h e das 19h às 23h | Pagamos 54 euros
Enoteca Cul de Sac
Tenho que confessar que esse é um repeteco de 2013, mas é que, pra gente, já não concebemos visitar a Piazza Navona e depois não parar para tomar um vinho nessa Enoteca. De fato, ela continua um oásis perto da muvuca que é o entorno da praça. Nas duas ocasiões em que visitamos o endereço – que conta com mais de 1.500 rótulos de vinhos do mundo inteiro –, chegamos em horas pouco convencionais, o que sempre permitiu que fôssemos acomodados instantaneamente no interior do lugar.
A casa, aberta em 1977, não é muito grande, mas é bem aconchegante. Ficamos cercados por garrafas de vinho e é bem divertido de observar o método que eles utilizam para retirar as bebidas das prateleiras mais altas. A carta de vinhos, como vocês devem imaginar, é imensa. Mas há uma opção mais reduzida com sugestões da casa para aqueles que não são tão aprofundados no assunto. Para acompanhar, um prato de queijos, frios, azeite e pão. Se não gostássemos tanto desse lugar não estaríamos recomendando pela segunda vez. É um excelente endereço tradicional em Roma oferecendo preço justo.
>> Enoteca Cul de Sac: Piazza di Pasquino, 73 | Todos os dias, das 12 à meia-noite e meia | Pagamos 25,60 euros
Mercato di Testaccio
Mercado é sempre um bom lugar para passear, ver a vida passar e, principalmente, comer da comida local. No completamente reformado Mercato di Testaccio, em Roma, o tradicional e o novo se encontram em perfeita harmonia. São 100 bancas que oferecem produtos in natura, artigos de moda, coisas para casa, além de muita street food.
Lá aproveitamos para novamente comer supplì na banca Food Box que nem de longe se comparava com o bolinho do Trastevere, mas que serviu de aperitivo enquanto esperávamos a longa fila da instituição de comida de rua romana, Mordi & Vai. Eleito desde 2012 a melhor street food da capital italiana, os pães com recheios úmidos diversos atraem centenas de visitantes diariamente ao novo Mercato di Testaccio. Os preços dos sanduíches variam de 3,50 a 5,00 euros e caem bem para quem procura um lanche rápido e barato enquanto bate perna. Vale a visita!
>> Mercato di Testaccio: Via Beniamino Franklin | De segunda a sábado, das 7 às 15:30 | Pagamos 16 euros
De volta a Trastevere, vizinho à loja do Supplì, está a La Fraschetta (mudou de nome, agora no lugar está o T.RE Trastevere). Aberta em 1976 essa típica trattoria italiana, com direito a mesas de madeira e toalhas vermelho e branco quadriculadas, se mostrou um lugar rústico e agradável. Na ocasião da nossa visita, fomos para jantar, chegamos por volta das 21h, obviamente, sem reserva, e tivemos que esperar uns 20 minutos. A dica aqui é, se você sabe para onde vai, faça reserva de antemão. Como em casa de ferreiro o espeto é de pau, depois da espera fomos acomodados numa mesa e fizemos os pedidos para a entrada: Fiori di zucca fritti e, se não me engano, filé de bacalhau, além de vinho tinto da casa para acompanhar.
Não preciso nem dizer que as massas são frescas e feitas no próprio restaurante, né? Pois são. Escolhemos dois Tornnarelli, um alla Griccia e o outro Matriciana, que foram devidamente aprovados. O serviço é meio embolado, mas com maior ou menor intensidade, isso é algo comum na Itália. Para os visitantes que não mandam bem no italiano, o cardápio tem tradução para o inglês. Há quem diga que isso é indício de que o restaurante não é bom. Para mim, isso é visão de empreendedor numa das capitais mais visitadas no mundo – estima-se que até 2020 Roma receba mais de 10 milhões de visitantes estrangeiros.
Para fechar, um tiramisù e a sensação de dever cumprido em poder trazer mais um conteúdo honesto e devidamente avaliado aqui para vocês. E aí, quem está com água na boca?
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