ƒ Bélgica | Um dia em Brugge

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Bélgica | Um dia em Brugge

Mais um destino que só tivemos 1 dia para explorar durante o #RolêBeNeLux foi a gracinha de cidade belga chamada Brugge. Fizemos como a imensa maioria de seus visitantes e partimos para conhecer a cidade em um bate-volta de trem a partir de Bruxelas. Você pode até dedicar mais dias à cidade, mas acho que em 24 horas dá para ter um gostinho do charme desse lugar que parece saído de um conto de fadas. 

Bélgica: Nosso roteiro de 24 horas pela encantadora Brugge

A viagem de trem entre Bruxelas e Brugge dura cerca de 1 hora e passa muito rápido, viajamos no domingo de Páscoa e o trem estava lotado de turistas aparentemente com a mesma ideia de passeio. Fomos bem sem roteiro, com alguma ideia do que fazer em mente, mas nos permitindo descobrir uma cidade no nosso ritmo. Depois de dias nublados e chuvosos, de cara, ganhamos de presente um domingo de sol. 

Desembarcamos cedo na estação central e, após uma caminhada vagarosa de 10 minutos, já estávamos percorrendo as ruazinhas do centro histórico da cidade. Brugge é daquelas lugares que dá muito bem para ser explorado a pé, de bicicleta, de barco e, pasmem, de carruagem. Essa última opção não é a nossa praia, mas o clima medieval que paira pela cidade fica até mais apurado com o barulho dos cascos dos cavalos no paralelepípedo. 

Em Brugge você pode fazer um city tour de carruagem
Seguimos nosso passeio pela MariaStraat, rua que concentra lojas, restaurantes, chocolaterias e, portanto, muitos turistas. Além de comércio, a via também abriga alguns pontos turísticos, como o Saint-Janhospitaal, um dos prédios mais antigos preservados da Europa com mais de 800 anos de história. Também é lá que está a Onze-Lieve-Vrouwekerk, a Igreja de Nossa Senhora, com sua torre de tijolos de mais de 115 metros de altura, a segunda maior do mundo nesse estilo. Nessa igreja, além de várias peças de arte, está a escultura conhecida como a Madonna de Bruges (A Virgem com o Menino), feita por Michelangelo. 

Na ponte onde a MariaStraat vira Katelijnestraat já avistamos os primeiros barquinhos que percorrem os charmosos canais de Brugge mostrando aos visitantes a cidade sob uma nova perspectiva. Os passeios, que custam 8 euros e duram cerca de meia hora, são oferecidos entre março e novembro em 5 pontos pontos de embarque espalhados pela cidade.

Conhecer a cidade belga de barco também pode ser uma boa pedida
O charme das fachadas das casas em Brugge
Continuamos a caminhada seguindo o curso da água até chegar na ponte que guarda a estátua de Sint Johannes van Nepomuk, ali marca também o começo da WollenStraat, onde estrategicamente está o 2beBar com a sua Beer Wall. Como vocês já devem estar cansados de saber, a Bélgica é mundialmente conhecida pelas cervejas – além dos chocolates, é claro –, de excelente qualidade lá produzidas, então foi uma boa oportunidade para provarmos alguns rótulos. O bar tem um sistema interessante de degustação, onde compramos 4 taças por 10 euros  acompanhadas de queijo e castanhas – uns pestisquinhos para comer enquanto provamos as cervejas. Na ocasião degustamos as seguintes marcas: Kriek Boon 4% – uma cerveja de cereja, acreditem ou não, bem gostosa | Blanche de Namur 4,5% – eleita a melhor cerveja branca do mundo | Gouden Carolus Classic 8,5% – cerveja escura premiada no mundo inteiro | Paix Dieu 10% - cerveja especial, produzida uma vez por mês, durante a lua cheia. Após a degustação, o bar, convenientemente, tem uma loja anexa onde o visitante pode garantir ali mesmo os rótulos que mais gostou, mas desconfio que no supermercado elas saiam mais em conta. 

Prove o máximo de cervejas que puder na sua visita a Brugge
Não demoramos muito nessa parada, pois ainda havia bastante o que ver da cidade. Caminhando até o fim da WollenStraat chegamos no principal cartão-postal de Brugge, o Grote Markt. Nessa praça, que é o coração do centro histórico da cidade, estão concentrados alguns pontos turísticos importantes como a Torre Belfort, a Corte da Província, o Museu da Cerveja, além das casas coloridas, com arquitetura belga clássica, e seus telhados em degraus. Aqui, dependendo da sua disposição e interesse,  dá para passar um tempo maior, comer alguma coisa ou até mesmo visitar cada ponto. Continuamos nossa caminhada pelas simpáticas ruas de Brugge, passamos pelo Museu da Batata Frita e chegamos à região da Jan van Eckyplein, praça batizada em homenagem ao pintor, filho ilustre da cidade. Ali, mais uma vez nos reencontramos com as águas que cortam a também conhecida como “Veneza do Norte” e seguimos seu rumo. 

Brugge: O Campanário visto do Grote Makrt
Cidade fotogênica: Brugge esbanja charme

        

Lá pela hora do almoço estávamos nas redondezas do Café Vlissinghe, o pub mais antigo de Brugge, em funcionamento desde 1515. Ingênuos, pensamos que conseguiríamos uma mesa, mas não foi possível. Se distanciando cada vez mais do centro surgem opções interessantes de restaurantes e cafés para uma pausa gostosa em Brugge. Mas lembre-se de deixar espaço para a sobremesa! 
Esticamos a caminhada até a Kruisvest para ver que, assim como a Holanda, a Bélgica também tem moinhos. E são 4 deles! O Sint-Janshuismolen, construído em 1770, é o único que ainda está ativo e é aberto ao público, a visitação custa simbólicos 3 euros. 

Brugge e sua colorida e característica arquitetura
Os moinhos não são coisa só da Holanda, em Brugge você encontra 4 deles
Brugge rende uma excelente escapada a partir de Bruxelas
A essa altura do campeonato já havíamos caminhado uns 4 quilômetros cruzando a cidade e precisávamos fazer o caminho de volta para encerrar nossa visita do jeito mais doce. Já que havia provado a melhor batata frita da Bélgica em Bruxelas, deixei para comer waffles em Brugge e foi uma decisão correta. Fui sem endereço certo, mas se tem uma coisa que é disputada por lá e tem aos montes, são as casas que vendem a iguaria. 

Se delicie com as vitrines apetitosas de Brugge
E não deixe de provar o autêntico waffle belga
Voltamos para as cercanias da praça central e compramos um waffle completo (morango, calda de chocolate e chantilly) no Chez Albert. O doce faz jus à fama e é realmente delicioso, a massa foi assada na hora, os morangos estavam frescos e o chocolate estava com nível de açúcar na medida certa. Comeria vários deles, mas nos contentamos com um só. Não poderia fechar o dia de forma mais agradável. Brugge é daquelas cidades que deixam um gostinho de quero mais e merecem bis.


Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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