ƒ Como foi o Mad Cool Festival 2017

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Como foi o Mad Cool Festival 2017

Em janeiro desse ano alguns festivais de música europeus revelaram suas atrações e colocaram seus tickets a venda, como foi o caso do Mad Cool Festival. Assim que vi que Foo Fightersalt-jFoster the PeopleKings of LeonGreen Day e M.I.Aeram algumas das bandas compondo o line-up, achei que seria uma excelente desculpa para retornar a Madrid e unir o útil ao agradável. O Mad Cool é um festival novo, essa foi a sua segunda edição, mas no início desse ano, com base no sucesso de sua estreia, garantiu o European Festival Award na categoria melhor festival novo. 



Por 150 euros garantimos o passe de 3 dias de festival com bastante antecedência e esperamos o dia chegar. Corrijo, esperamos as pulseiras chegarem. É que no ato da compra dos ingressos eles avisaram que enviariam as pulseiras para a casa de cada um a partir de maio. As nossas demoraram mas chegaram. Vi gente do Brasil que viria em junho para a Europa reclamando que a pulseira não havia chegado. Achei um procedimento arriscado por parte do festival. Melhor, talvez, fosse fazer a troca na entrada mesmo.  

Com os 45.000 ingressos a venda para os 3 dias, casa arrumada e todos a postos, foi só esperar o sol, os convidados e dar início à festa, correto? Em partes, sim. Mas quem foi para  um festival de música em pleno verão Europeu não contava em ter que botar capa de chuva na bolsa. Já na quarta-feira, dia anterior ao primeiro dia do Mad Cool, uma chuvarada atingiu em cheio a capital espanhola, causando transtorno em várias instâncias, no dia de abertura do festival não foi diferente, a chuva apertou e parecia não dar trégua. Por volta das 20h, ainda com muita nuvem no céu, chegamos à Caja Magica – local de eventos onde aconteceu o festival – e a entrada se deu por um lamaçal. Como disse, já não havia mais chuva, mas tudo estava encharcado. Nos dias seguintes eles conseguiram reorganizar a entrada e nos salvar da lama, afinal, a chuva só foi embora de vez no domingo, pós festival. Ah, e vale salientar que não choveu na hora dos shows. Ainda bem.  

  

Na primeira noite, não sei se por desorganização ou por causa da chuva, o telão do palco principal falhou. Para ver Foo Fighters só indo muito pra perto ou com boa vontade mesmo. Mas o show foi incrível! David Grohl e cia têm uma energia e carisma impressionantes e deixam transparecer. No fim das contas, quase nem se percebeu que não havia telão. O Festival contava com 5 palcos bem distribuídos e com boas atrações em cada um deles. Aliás, os shows – que são o motivo de um festival existir – foram excelentes. Vi alt-j de pertinho no palco Koko e,  no mesmo palco, curtimos uma dançante apresentação do Foster the People. Antes do show de cada headliner estava programada uma performance de um grupo de acrobatas, assistimos à apresentação do primeiro dia, mas na sexta-feira, antes do show de Green Day, estávamos na área de alimentação e não vimos o acidente com o acrobata que se apresentava naquela noite. Na verdade nem soube o que havia ocorrido, só quando voltei para o hotel, vi no twitter que o performer havia morrido no local.  Curiosamente o festival seguiu inabalado e sem muitas explicações. O festival espanhol parecia realmente estar com uma nuvem carregada sobre sua cabeça...




Não sei se é por falta de experiência, mas achei que o festival poderia ser melhor organizado, talvez feito até em um ambiente mais fluido, onde se integrassem mais a área de restauração, feira e shows. Para chegar de metrô até lá era super tranquilo e acho que o transporte público da cidade deu vasão, mas o festival não conseguiu negociar uma hora a mais que seja para garantir a volta pra casa. Aí precisou oferecer ônibus cobrando 6 euros e vi mais um bocado de gente reclamar porque não tinha veículo suficiente.  Para comer e beber, obviamente, era preciso se aventurar em longas filas, mas esse não é o problema. O grande problema é o festival fazer você pagar pelo copo (1 euro), mas sem te devolver esse dinheiro caso você devolvesse o copo. Ou seja, não era nada de preocupação com o meio ambiente, era só mais uma forma de arrancar mais um trocado do público. 


Eu daria nota 7,5 para o Mad Cool – e essa nota é mérito das bandas massa que compuseram o espetáculo como um todo. Porém, falta algum cuidado nos detalhes e não falo nem de tempo, porque o Lollapalooza Berlin, que fui também em sua segunda edição, deu um show em organização, cuidado nas informações e nos visitantes. É uma coisa de produção mesmo. 




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Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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