Com
algumas horas de conexão no Aeroporto Internacional da Cidade do México - para ser exata, com todos os descontos,
umas 6 horas -, minha primeira vontade era conhecer o Museu Frida Kahlo e depois,
se desse tempo, alguns outros pontos turísticos da cidade. De antemão digo que
meu passeio se resumiu ao museu e ao simpático bairro de Coyoacán. O trânsito
da Cidade do México (DF) é caótico e não é lenda, tem que levá-lo em conta,
sim, quando for programar uma escapada
do aeroporto numa conexão longa pelo México.
Especialmente naquela época do mês, onde se comemora o dia da Virgem de Guadalupe (12 de dezembro) – Padroeira do México e da Cidade do México –, as ruas do país ganham um sem fim de peregrinos que seguem rumo à basílica. Tive a sorte de uma amiga na cidade ir me buscar e me deixar no aeroporto, por isso não precisei me preocupar com lockers (guardaequipaje) e transporte, mas o aeroporto da Cidade do México conta com infraestrutura completa – estação de metrô | metrô bus | 2 lockers no Terminal 1 e 1 locker no Terminal 2. Dá para se programar e ir explorar a cidade sem medo.
Especialmente naquela época do mês, onde se comemora o dia da Virgem de Guadalupe (12 de dezembro) – Padroeira do México e da Cidade do México –, as ruas do país ganham um sem fim de peregrinos que seguem rumo à basílica. Tive a sorte de uma amiga na cidade ir me buscar e me deixar no aeroporto, por isso não precisei me preocupar com lockers (guardaequipaje) e transporte, mas o aeroporto da Cidade do México conta com infraestrutura completa – estação de metrô | metrô bus | 2 lockers no Terminal 1 e 1 locker no Terminal 2. Dá para se programar e ir explorar a cidade sem medo.
Isto
posto, vamos à visita ao Museu Frida Kahlo, um dos muitos momentos emocionantes
dessa viagem. Na famosa Casa Azul, que virou museu em 1958 – quatro anos após a
morte da artista –, estão muitos dos icônicos objetos pessoais do casal Frida
Kahlo e Diego Rivera. No museu, que recebe cerca de 25 mil visitantes ao mês,
estão obras importantes como Viva la Vida
(1954), Frida y la cesárea (1931), Retrato de mi padre (1952), entre
outras.
Os
que gostam de viajar e visitar museus, como é o meu caso, já devem ter se
deparado com muitas obras de Frida Kahlo mundo afora, mas a sensação de conhecer
a casa onde ela deu vida a boa parte do seu trabalho é indescritível. Percorrer
cada cômodo da Casa Azul, onde Frida nasceu e morreu – mesmo com passagens em
outros lugares da Cidade do México e do mundo, ela sempre voltou para a sua
casa –, foi emocionante. Tal como a primeira vez que fiquei de frente para uma
obra sua.
A
cama com o espelho no alto, que sua mãe mandou colocar após seu acidente,
livros, fotos, muletas, coletes, pinceis, cavaletes... tudo imaculado. A
cozinha da casa, típica construção mexicana, com panelas de barro, frigideiras
e uma decoração encantadora, expõe o lado anfitrião de Frida e Diego, que
adoravam receber seus comensais com pratos da cozinha mexicana, pré-hispânica, colonial
e popular. Podemos dizer que a Casa Azul é um mix do gosto do casal, que foi
transformado em museu por desejo dos dois em doar sua arte e seus bens ao povo.
Em
novembro de 1955 Diego Riviera descreveu a Casa Azul: “Pintada de azul por fora e por dentro, parece abrigar um pouco do céu.
É uma casa com a típica tranquilidade de uma cidade pequena, onde a boa mesa e
a boa dormida lhe dão energia suficiente para viver sem grandes turbulências e
morrer em paz”.
E a
visita à Casa Azul consegue transmitir tudo isso. Ainda que por poucas horas, e
num contexto completamente diferente, conhecer de perto a intimidade de Frida
Kahlo foi quase como viajar no tempo, ou ao menos, congelá-lo. Após essa parada
pude voltar em paz à caótica rotina da Cidade do México.
Em
tempo, até maio de 2015 os visitantes do museu podem prestigiar a exposição “Las apariencias engañan: Los vestidos de
Frida Kahlo”. Bela.
Londres,
247 – Coyoacán – Mexico DF
Terças
das 10 às 17:45 | Quartas das 11 às 17:45 | De quinta a domingo das 10 às 17:45
- Fechado às segundas
Dias
úteis $80 pesos | adulto – Fins de semana $100 pesos | adulto
Permissão
para fotografar: $60 pesos
>> Viajei ao México para representar o site Coluna de Turismo na 20a edição da MITM Americas a convite do evento.
>> Viajei ao México para representar o site Coluna de Turismo na 20a edição da MITM Americas a convite do evento.
Tags:
#raphanoméxico
casa azul
casa museu
cidade do méxico
coyoacán
df
diego rivera
frida kahlo
méxico
museu
Adorei! Raphaella Aretakis, esse é um sonho antigo meu. Como você disse, eu vi as obras da Frida fora do México, dando uma sorte em Londres. Eu fiquei mais apaixonada ainda. E ela teve o poder de emocionar até os corações duros que me acompanhavam nesse dia. Obrigada!
ResponderExcluirEssa visita foi uma grande felicidade, Rapha. Tanto que foi a única coisa que fiz na cidade, não ficaria tranquila em ter ido à Cidade do México e não ter visitado a Casa Azul. Espero que você realize esse sonho o mais breve possível :)
ExcluirOi Rapha, quanto tempo vc acha que precisa pra visita-lo?
ResponderExcluirBjo e obrigada
Oi, Mirella! Olha, a casa nem é tão grande assim, acho que menos de 1h se você tiver com pressa. Se a visita for mais dedicada leva umas duas horas.
ExcluirBeijo!