A
primeira parada do
nosso passeio por Santa Catarina foi
Joinville, também
conhecida como Cidade dos Príncipes. Esse apelido se dá pelo fato das terras
onde hoje encontra-se a cidade serem fruto de um dote do casamento entre a
princesa Francisca Carolina (irmã de D. Pedro II) e o príncipe francês,
Ferdinand Philipe. Tempos depois parte dessas terras foi vendida para a
Sociedade Colonizadora Hamburguesa,
dando início, assim, à colonização alemã. Vale salientar que todo o nosso
roteiro foi seguindo os passos germânicos pelo país.
Joinville
tem uma geografia curiosa, onde podemos observar uma cidade plana, ladeada por
montanhas, manguezais muito próximos e a baía de Babitonga, interessante para
quem vem do nordeste, como nós.
Como
o tempo de estada na cidade era curto, tivemos que priorizar as visitas a serem
feitas. A primeira delas foi o Museu
Nacional de Imigração e Colonização – prédio hoje tombado pelo IPHAN –, que
foi construído em estilo enxaimel,
típica construção alemã do início do século XX. No interior da casa de três
pisos, peças da rotina da época: de banheiras, cadeiras e vitrolas até
talheres, malas e máquinas de escrever, totalizam cerca de 5.000 itens de um
rico acervo que preserva a memória daqueles que ajudaram a Joinville ser o que
é hoje. Em frente ao museu está a Rua
das Palmeiras, com 52 plantas centenárias que, junto com o prédio do museu,
formam o cartão-postal mais conhecido da cidade.
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Fachada da casa onde fica o Museu Nacional de Imigração e Colonização |
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Palmeiras Imperiais centenárias de Joinville |
Do
centro a, mais ou menos, dois quilômetros, está nossa segunda parada, a Estação da Memória, antiga estação
ferroviária da cidade – também tombada pelo IPHAN –, onde hoje, depois de
restauro, funciona um pequeno museu
ferroviário. O fim de tarde por ali, às margens da linha do trem, é bucólico e
nos permite uma viagem ao passado.
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Fachada da antiga estação ferroviária de Joinville |
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Muita história já passou por esses trilhos |
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Parte conservada do museu Estação da Memória |
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A Estação Ferroviária de Joinville foi inaugurada em 1906 |
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Mais uma parte da história preservada: Escritório da época |
Para
fazer uma boquinha na cidade, segui a dica do pai da
Helô Righetto que disse: “
Ninguém pode vir a Joinville e ir embora sem
experimentar as Empadas do Jerke.”.
Caminhamos até o bar, chegamos bem no comecinho da noite, tinha mesa de sobra.
Pedimos uma empada de cada para provar todas e dois chopps gelados. Tiro e
queda! Empadas e chopp devidamente aprovados. Para não dizer que paramos por aí, ainda provamos uma "Caipira de vinho", que nada mais é do que uma caipirinha de limão feita com vinho no lugar da cachaça. Sabor inusitado, eu diria, mas vale experimentar.
Nesse post o Sr. Aurélio dá mais dicas do que fazer e onde comer na
Manchester Catarinense, vale a leitura!
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Empadas aprovadas! Uma de cada sabor que é pra não fazer desfeita |
Depois
desse abre-alas saímos em direção à Via Gastronômica, rua de Joinville onde se
encontram bares, restaurantes, pizzarias, pubs, enfim, o nome é autoexplicativo
:)... Várias casas chamaram nossa atenção, mas resolvemos entrar no Kib’s, restaurante de cozinha árabe com
13 anos de tradição. Na verdade, esse restaurante vai além da comida, ele tem
toda uma ambientação, shows, locação de narguilés, um verdadeiro mergulho na
cultura árabe. Nós pedimos um rodízio, que na verdade é um menu degustação das
especialidades da casa, maravilhoso. Serve dois sem muita fome, R$ 39,90. O
cardápio ainda conta com pratos à la
carte, petiscos, drinks e sobremesas. Quintas, sextas e sábados
apresentações clássica e contemporânea de dança do ventre animam a noite. É
cobrado couvert de R$ 10,00 por
pessoa. Infelizmente, nosso dia tinha sido puxado e não ficamos para ver a
apresentação, mas a experiência no Kib’s foi excelente. Voltaremos, sem dúvida.
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A única foto do nosso pequeno banquete do Kib's (e não tinha chegado à mesa nem metade dos pratos) |
Na
manhã cinza de sábado, antes de seguir rumo a Pomerode, fizemos uma paradinha
no Mercado Público Municipal de
Joinville. O prédio, que foi restaurado há pouco tempo, é muito simpático.
Pequeno, nós vemos ali uma boa banca de frutas e verduras, outra de grãos e cereais,
empórios e mercearias, loja de artesanato, açougue, além de uma peixaria com
itens fresquinhos e movimento intenso. Por volta da hora do almoço esse
movimento deve se concentrar menos no interior e mais no entorno do mercado,
onde encontramos bares e restaurantes ainda se organizando para um novo
expediente aquela hora da manhã.
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Simpática a fachada do Mercado Público Municipal de Joinville |
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Frutos do mar fresquinhos numa manhã de sábado |
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Grãos e cereais do Mercado Municipal de Joinville |
Ainda
ficou bastante coisa pra conhecer na cidade e nos arredores, mas já deu pra
notar que é uma delícia passear por lá. Certamente, pela proximidade de
Curitiba, Joinville nos receberá mais vezes em nossas Escapadas de Fim de Semana.
SERVIÇO
- Museu Nacional de Imigração e Colonização –
Rua Rio Branco, 229 – Gratuito – De terça a sexta das 9h às 17h / Sábados,
domingos e feriados das 12h às 18h.
- Rua das Palmeiras – Antiga Alameda
Brustlein – Em frente ao Museu Nacional de Imigração e Colonização.
- Estação da Memória – Rua Leite Ribeiro s/n
– Anita Garibaldi – Gratuito – De
terça a sexta das 9h às 17h / Sábados, domingos e feriados das 12h às 18h.
- Mercado Público Municipal de Joinville – Praça
Hercílio Luz s/n – Centro – De segunda a sexta das 7h às 19h. Sábados das 7h às
13h.
- Empadas Jerke – Rua Dr. João Colin, 393
– Centro.
- Kib’s – Via Gastronômica, 874 –
Atiradores.