Acho
que esse post fala mais sobre o que comer do que onde, uma vez que a oferta de
bons lugares para uma refeição na capital francesa chega a ser opressora. E
esses bons lugares vão desde uma toalha estendida na relva de um parque – e sobre
ela itens adquiridos num Monoprix da vida –, até jantar na própria Torre
Eiffel. Confesso que o meu estilo de viagem pende mais para a primeira opção. Reuni
nesse post algumas dicas bacanas que testei na minha última viagem à cidade
luz. Vamos nessa ficar com água na boca?!
Já
que falei do Monoprix, deixo aqui
aquela dica amiga: Supermercado no exterior não é igual ao supermercado que
fica ali na esquina de casa. Aliás, é, mas é mais legal porque no caso de uma
viagem, a gente só entra no supermercado para comprar coisas que não compramos
no nosso dia-a-dia. Em Paris, esse ato é ainda muito mais gostoso. Portanto,
não se oponha a fazer uma feirinha básica com queijos deliciosos, vinhos, pães,
frutas e chocolates.
Crêpes quentinhos, doces ou salgados,
dão aquela reconfortada boa no estômago entre um passeio e outro. Lembre-se, se
a banquinha está perto de um ponto turístico – coisa não muito rara –, mais
caro se paga. Paguei entre 5 e 3 euros dessa última vez. Vale a pena observar o
ritual de produção da iguaria, quando a massa branca é deitada sobre o disco
quente, um rodinho a espalha de modo que fique bem fininha, esperando só
receber o recheio à sua escolha. Nutella e banana e queijo e presunto são os
mais pedidos. Eu fico com a última opção. Sempre.
Num
passeio explorador pela charmosa região do Marais, as vitrines chamam a
atenção, no meu caso, a da Maison Georges Larnicol foi paixão à primeira vista! Chocolates, caramelos,
macarons... não sabia para onde olhar. Entrei e me servi de balas de caramelo,
caixinhas de macarons de diversos sabores e potinhos incríveis de creme de caramel au beurre salé. Sei que existem
endereços mais tradicionais na cidade, mas nesse caso foi difícil resistir a
uma compra por impulso. E, olha, tudo delicioso, hein?!
Ainda
nessa região alegre e vibrante de Paris, o Marais, encontramos uma forte comunidade judaica.
Livrarias, sinagogas, delis, entre outros estabelecimentos, atraem visitantes
aos montes para o 4º arrondissement.
No entanto, a maior aglomeração se dará, invariavelmente, na porta do L’as du Fallafel. Restaurante de
tradição, considerado o melhor falafel da cidade, onde o carro chefe é um farto sanduíche vegetariano. Você
pode pegar duas filas, uma para fazer o pedido e seguir seu caminho, ou outra
para conseguir uma mesa e comer lá dentro, no salão. Para os que viajam on a budget, a primeira opção sai uns 5
euros mais barato. Nós escolhemos a segunda, comemos dois sanduíches: o
vegetariano, obviamente, e a versão shwarma,
com carne. Para arrematar, pommes frites
e uma Maccabee, cerveja israelense, bem gelada.
Já
do outro lado da cidade, na região da estação de metrô Charles Michels, está o Le Pareloup. Com opções de formule (menu fechado a preço fixo) no
almoço e no jantar, o bistrô foi uma grata surpresa no caminho. No nosso caso
fomos de entrada + prato principal + sobremesa por 17,80 euros, por pessoa, no
jantar. Ostras frescas, salmão defumado, foie
gras e salada simples eram algumas das opções de entrada. Frango, porco e
carne vermelha figuravam como prato principal e, de sobremesa, mousse de
chocolate ou um primo não muito distante do nosso pudim. Apreciamos a farta e
divertida refeição, enquanto os franceses a nossa volta não desgrudavam os
olhos da tv vendo os dribles numa partida do time da casa, o PSG – Paris Saint-Germain.
Uma
coisa que adoro em Paris são os restaurantes
asiáticos e seus baita camarões picantes. Sempre sou impactada pelas
vitrines (sempre elas) com pratos bem apresentados e camarões enormes. As
porções são pedidas por peso, ali no balcão mesmo, e você pode levar para comer
no hotel (à emporter) ou sentar numa
mesa e degustar de tudo um tiquinho. Os atendentes nem sempre são simpáticos,
mas a comida é bem boa. Dessa última vez não foi diferente, hipnotizados pela
vitrine de mais um asiatique,
entramos e nos fartamos.
Terminando
o post da forma mais doce possível, era para constar aqui a dica da sorveteria
tradicionalíssima Berthillon. No
entanto, no meio do caminho tinha uma Amorino. Tinha uma Amorino no meio do
caminho... Na pequena Île de Saint-Louis, duas oportunidades de provar os
grandes sorvetes da cidade. Desde já te garanto que é quase impossível resistir
às pétalas geladas e artesanais da italiana Amorino. Mas, na dúvida, fique com os dois.
Já
eu, tenho um motivo deliciosamente gelado para voltar: Provar as delícias da
Berthillon.
Como
se eu precisasse de qualquer motivo para voltar a Paris...