Para
nossas últimas férias traçamos um roteiro bem clássico pela Europa, revisitando
as cidades que já conhecíamos e colocando Roma, a cidade eterna,
definitivamente no nosso mapa.
Partimos
de São Paulo num chuvoso sábado à tarde rumo à capital italiana, voando Ibéria,
via Madrid. Em
Roma, nessa primeira etapa, ficamos duas noites. Deu para sentir a cidade,
caminhar bastante e já dar o tom da viagem: queijos, vinhos incríveis e sorvetes cada vez mais gostosos. Turistamos à beça, subimos a Escadaria Espanhola, jogamos moedinhas numa tranquila Fontana di Trevi e caminhamos vendo o pôr-do-sol às margens do Tibre. Observar o
vai-e-vem das andorinhas enquanto a noite caía levou um bocado do nosso tempo.
Pressa pra quê? Ficamos boquiabertos com a dimensão do Coliseu, nosso primeiro
ponto turístico visitado na cidade, no dia da chegada, à noite, no frio, mas
nada disso tirou a beleza do momento.
Nossa primeira visão do Coliseu: apaixonante |
Com
aquele gostinho de quero mais deixamos a Estação Central de Roma – Termini –
rumo a uma velha conhecida nossa: Firenze Santa Maria Novella, a principal
estação de trens de Florença, capital da Toscana. Chegamos no fim da tarde,
hora certa para admirar o fim de mais um dia da janela do quarto do hotel. Foi
na cidade que comemos o melhor gnocchi
(nhoque) da viagem, foi lá também que provamos o Chianti, vinho clássico da região. Já ambientados desde a nossa
primeira vez, no escaldante verão de um longínquo 2007, dessa vez não houve
aquela urgência característica de quem tem poucos dias na cidade. Visitamos
pela primeira vez a Gallerie
Dell’Accademia, onde vimos de perto o imenso David de Michelangelo.
Atravessamos a Ponte Vecchio, onde tudo o que reluz é ouro. Nos deixamos nos
impressionar mais uma vez com a imensidão do Duomo di Firenze. O Mercado Central de Florença encanta pela sua
organização e limpeza. Uma cidade que é berço do Renascimento e Patrimônio
Mundial da UNESCO tem surpresas a cada esquina, em cada cantinho, é só se
deixar levar.
Aqui, um adendo:
é impressionante como o olhar da gente muda com o passar dos anos. O que em
2007 foi apenas mais uma cidade num corrido roteiro, em 2013 se tornou puro
encantamento. Às vezes é importante revisitar certos lugares, serve como
parâmetro para análise do nosso crescimento emocional.
Nossa
segunda estada em Florença chegou ao fim, e num piscar de olhos, já estávamos
em outro trem rumo a uma das cidades mais românticas que conheço: Veneza. Essa
também foi nossa segunda vez na cidade, mas a emoção era tamanha, uma vez que
estávamos realizando um sonho da minha mãe. Sabíamos de antemão que os meses de
novembro e dezembro são de muita chuva que, aliada à maré alta, resulta no
fenômeno conhecido como acquaalta
(aquelas famosas enchentes que vemos na TV, jornais e sites). Por essas e
outras decidimos nos hospedar em Mestre, assim, não haveria surpresa
desagradável. Torci muito para que não chovesse nos dias da nossa visita à
cidade. Para nossa alegria, não só não choveu, como fez um BAITA sol e um céu
sem uma nuvem sequer pra contar história. Coisa linda.
Em Veneza, a exemplo de Florença, caminhamos muito, atravessamos pontes de todos
os tipos, grandes, pequenas, altas e baixas. Passamos pelo Rialto, Piazza San
Marco, feirinhas e sebos, vimos o movimento das gondolas e seus gondoleiros. Vi
minha mãe se emocionar diversas vezes, e isso não teve preço. O frio do outono europeu espanta as
hordas de turistas, tão presentes no verão, e torna a cidade ainda mais
charmosa e aconchegante. Esse mesmo frio, só que à noite, pós jantar, nos fez
pular no primeiro vaporetto que vimos
pela frente. Estava congelante! Comer por lá não foi um desafio fácil, mas
conseguimos. A promessa do sorvetinho nosso de cada dia foi mantida.
E
como para alçar voos é preciso não criar raízes, lá estávamos nós no Aeroporto
di Venezia Marco Polo. Bilhetes em punho, é chegada a hora de voar pela primeira vez com a EasyJet. O destino? A cidade escolhida para a comemoração
dos meus 30 anos, Paris. É, deixamos a ronda italiana de lado para
desenferrujar o francês. Quem diria, eu, que um dia pensava se chegaria a
conhecer a cidade luz, estava pisando nela pela terceira vez. E foi sem pressa,
mas cheia de saudade, que revisitei e conheci vários cantinhos da cidade. De
quebra, já no espírito natalino, visitamos um Marché de Noël. Fizemos compras, comemos delícias e guloseimas, bebemos vinhos e champagnes, afinal de contas a data pedia! Por fim, incorporei a Amélie Poulain e visitei algumas
locações do filme. Feliz, feliz.
Terceira vez em Paris. Para quem achava que nunca iria, é muito! |
Voltamos
a Roma para fechar essa viagem dos sonhos, agora instalados em outros bairro,
achamos por bem desbravar a vizinhança, claro, gastronomicamente falando.
Achamos uma pizzaria divina e sorvetes deliciosos. Em poder do RomaPass vimos o
Coliseu por dentro. Fomos até o Vaticano visitar os seus gigantescos museus.
Caminhamos pelo Fórum Romano, bebemos água fresca direto da fonte e vimos
ruínas impressionantes. Aula de história é pouco para adjetivar uma estada em
Roma. A viagem foi maravilhosa. O roteiro, irretocável. Para mim, viajante
sedenta por mais, vou sempre achar que faltou tempo. Mas talvez seja só a
vontade de nunca parar de viajar.
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O
que foi uma viagem de férias/aniversário para mim, poderia tranquilamente se
transformar numa senhora lua-de-mel pela Europa. É só dar uma caprichada nos
hotéis e uma romantizada na coisa que fica lindo. Esse texto é só para aguçar a
curiosidade de vocês e dar uma ideia do nosso roteiro. Os posts com o tim-tim
por tim-tim vêm logo em seguida, cheios de dicas e detalhes para que a viagem
de vocês seja tão proveitosa quanto a nossa.
>> Acompanhe todos os posts da viagem através desse link!
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