Um
passeio que não pode ficar de fora do seu roteiro é a ida à cidade de Raposa,
região metropolitana, a 28km de São Luís. O lugarejo, que abriga a maior
colônia de pescadores do estado do Maranhão, é muito simples. Logo na entrada
da cidade nos deparamos com as características palafitas, onde são vendidas as
rendas de bilro – artesanato tipicamente cearense –, mas que chegou à Raposa
por intermédio dos pescadores do Ceará que levaram ao município suas mulheres,
as rendeiras.
|
Renda de Bilro, tipicamente cearense, mas com toda pinta maranhense |
|
Uma das várias lojas do corredor das rendas |
|
Tomando forma |
De lá de Raposa também é possível fazer um passeio gostoso em um barco de pescador, também conhecido por biana. A estrutura para subir até o barco não é das melhores, mas uma vez que o passeio começa e somos apresentados aos manguezais tudo passa ter um colorido diferente. Lentamente avançamos rio adentro até nossa primeira parada. Ali, os turistas que quiserem podem experimentar um belo banho de rio com mar, poucos são o que se negam a aproveitar, pois o calor dá aquela forcinha necessária. Dali o barco parte até um conjunto pequeno de dunas chamados estrategicamente de Fronhas Maranhenses. Um excelente preview do que você encontrará nos Lençóis propriamente ditos, portanto, acredito que você deva fazer esse passeio ANTES de ir à Barreirinhas. Nesse ponto da viagem, o barco atraca próximo a uma das dunas e todos os turistas são convidados a descer para mais um sessão de mergulhos, dessa vez no mar mesmo. Depois de cruzar algumas dunas chegamos à beira de uma praia quase deserta, bem bonita. Paisagem de praia quase intocada, que já não estamos tão acostumados a encontrar por aí. Uma delícia...
|
Os coloridos barcos de pescadores de Raposa |
|
Biana pronta para o passeio |
|
Protegida por Deus... |
|
Amostra grátis dos Lençóis Maranhenses |
Por
fim, voltamos ao encontro da Biana, onde somos novamente acomodados, dessa vez
para navegar de volta à cidade. E lá se foram duas horas de contato direto com
a natureza.
Depois
de subir em barco, descer de barco,
subir duna, descer duna, o que sentimos – além de calor – é fome. Mas isso é
logo resolvido, pois Raposa, além de ser conhecida por seu belo artesanato e
seu ecoturismo, também é conhecida pela fartura de peixes, afinal de contas
estamos em uma colônia de pescadores, oras.
A
parada no Restaurante Capote (avenida principal, s/n - centro) é providencial. O ambiente é simples, mas
organizado, amplo, muito ventilado e tranquilo. Tudo o que eu precisava para me
recompor. Pedimos uma Anchova na Brasa (média, serve bem até 4 pessoas, R$
80,00). O prato acompanha farofa, arrozes branco e de cuxá, vinagrete e pirão.
Tudo caprichadinho, uma delícia. Para finalizar, um mimo da casa: pequenas
cocadas para adoçar a boca e a vida. :)
|
Repondo as energias no Restaurante Capote |
Energia
reposta, chegou a hora de partir para a segunda parte do passeio. Alguns
quilômetros depois chegamos a São José de Ribamar, cidade de turismo religioso
que leva o nome do padroeiro do estado do Maranhão. Vou confessar que não sou
fã do turismo religioso, mas para quem gosta a cidade é um prato cheio. A
igreja, construída de frente para o mar, tem seu charme. Lá também encontramos
a Gruta de Lourdes, réplica da gruta francesa, construída em 57. A imagem de
quase 18 metros de altura construída em homenagem ao protetor também é um ponto
a ser visitado. De lá temos uma ótima visão de algumas praias e da Baía de São
José.
|
Imagem em homenagem ao santo padroeiro do Maranhão |
|
Igreja de São José de Ribamar |
|
Um dos vitrais da igreja |
E
assim eu conheci parte dos arredores de São Luís e aprendi um pouco mais sobre
a sua rica história.
#ficadica: O passeio de Biana é feito
de acordo com a maré, ou seja, ora pode ser oferecido pela manhã, ora à tarde.
Então, tudo tem que ser confirmado com antecedência. Se você planeja visitar
somente a cidade de Raposa (barco + artesanato), considere um passeio de meio
dia. Caso inclua São José de Ribamar o passeio é de um dia inteiro, pois as
cidades não são tão próximas. No barco, durante o passeio, algumas bebidas são
vendidas, mas a água tem que ser companhia constante, assim como o protetor
solar. Portanto, tenha-os sempre à mão!
Tou curtindo muito essa série de posts sobre o Maranhão... Tenho muita vontade de ir lá, mas o que me mata é a preguiiiiiça de viajar sozinha pra praia! Viajo sozinha pra tudo que é canto, mas praia... Sei lá, não me sinto confortável sozinha...
ResponderExcluirBeijos,
Lidia.
Que bom, Lidia! Fico feliz que você esteja curtindo :) Arruma uma cia e vai! Só não deixa de ir! Se quiser eu vou hahahahah
Excluirbeijos :*