Como em toda viagem, minha a parte gastronômica é sempre um dos pontos mais altos. Fui a São Luís com a curiosidade aguçada, pois me intrigava bastante a culinária resultante de um misto entre norte e nordeste do país. Posso dizer que fui positivamente surpreendida!
Minha
primeira parada na capital maranhense foi logo na Barraca
do Chef, lugar simples, pé quase na areia, de frente para um marzão sem fim. A
ideia era provar a famosa caranguejada maranhense, mas como estamos na época do
defeso dos caranguejos fica terminantemente proibida a captura e venda dos
animais para que eles se reproduzam.
No entanto, o chef Miguel Moisés não me
deixou passar vontade e me serviu uma casquinha de caranguejo (R$ 20,38) no capricho. Para
almoçar a sugestão da casa foi o Filé Reviver (criado em homenagem ao projeto
de revitalização do Centro Histórico da cidade, que leva o mesmo nome).
Um filé de peixe muito bem temperado regado por um molho de camarão suculento,
acompanhado de purê e arroz (R$ 49,58). O prato é farto e, se você é como eu e não abre
mão de um petisco, dá para dividir tranquilamente o prato principal. Imagino
como deve ser gostoso dar um pulinho na Barraca do Chef depois de um bom banho
de mar, naquela hora pós praia em que a fome aperta, sabe?
Casquinha de caranguejo |
Filé de peixe Reviver |
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Bom para ir a dois / com os amigos / com a família
Em
uma das minhas noites em São Luís fui jantar no Maracangalha, restaurante tradicional da cidade especializado em
cozinha regional, comandado por um norte-rio-grandense, o Dantas. Num ambiente
amplo e rústico, de funcionários muito simpáticos, a cordialidade começa logo
no primeiro contato. Uma cestinha com mini pastéis fumegantes é trazida à mesa
juntamente com uma providencial geleia de pimenta. “Cortesia da casa”, disse o
garçom. Soou como música para os meus ouvidos.
A primeira
sugestão dos meus acompanhantes foi o Suco do Chef (R$ 12,00). Aceitei. Uma deliciosa mistura
de laranja, acerola, goiaba e cajá geladíssima caiu perfeitamente bem naquela
noite. E lá se foram duas jarras de suco...
A
segunda sugestão, essa por parte do staff da casa (que também era a sugestão do
Guia 4 Rodas no Foursquare), foi o Filé de Pescada Amarela na Brasa com Molho
de Camarão e Alcaparras (R$ 95,00). Como na mesa havia gente com restrição ao camarão,
esse veio à parte. Delicado. O prato para 3 pessoas é super bem servido. Para
acompanhar o peixe, um delicioso arroz de cuxá – prato típico da culinária
maranhense –, arroz com ovos e cebolinha, baião de dois, farofa, vinagrete,
maionese de batata... Uma farra! Tão grande que não sobrou espaço para a
sobremesa.
O bem servido Filé de Pescada Amarela na brasa |
O típico Arroz de Cuxá decorado com a folha da vinagreira |
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Bom para ir com a família
O Gaia Restaurante já tem uma pegada moderninha,
ambiente nem muito grande, nem muito pequeno, na medida certa. Um bom lugar
para começar a noite com uns drinks e partir para o jantar. Entre as entradas
me chamou a atenção o Quenelle de Bacalhau. Veio à mesa rapidinho e tinha um
sabor bem suave, salgado no ponto certo. Uma boa entrada.
A
sugestão da casa para prato principal se dividiu entre Risoto de Camarão e
Medalhão de Filé (R$ 58,00). Fiquei com a última opção, pois fazia uns 5 dias que só ingeria
frutos do mar (que chato, hein?). O filé veio no ponto certo, rosadinho no
meio, muito macio e suculento. Para acompanhar um Risoto de Champignons
delicioso. Uma harmonia perfeita. A sobremesa foi quase não opcional, o bom e
velho Petit Gateau. Não tem como ser ruim! Refeição honesta, correta e muito
gostosa.
Medalhões de Filé |
Petit Gateau |
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Bom para ir com os amigos / negócios / a dois
Em
um ambiente reduzido, mas muito charmoso (e com a cozinha à mostra), a proposta
do La Cuisine Bistrô (FECHADO) é bem diferente da
maioria dos restaurantes que encontramos no nordeste – e de cara eu digo logo
que gostei bastante. A pedida aqui é uma comida mais sofisticada mas sem deixar
os elementos regionais de lado. O foco está no sabor e na qualidade dos
produtos, por isso, o restaurante não trabalha com um menu fixo. Os pratos vão
sendo elaborados de acordo com a oferta do mercado, a estação e/ou clima. Ou
seja, sempre encontraremos o que de mais fresco eles podem nos servir.
Eu
experimentei um menu de 3 pratos (R$ 85,00): entrada, prato principal e sobremesa. Ah,
ainda teve um couvert composto por pães quentinhos e torradas no ponto, e um agrado, steak tartare com molho pesto e
crocante de parmesão. Bom começo!
As
ostras da minha entrada estavam de outro mundo. Fã confessa da iguaria, comi
rezando. O
prato principal foi surpreendente, um Cassoulet com peixes e camarão! Di-vi-no.
Um dos peixes era o Filhote, aquele que a gente encontra bastante na culinária
do Pará. Especial!
A
sobremesa foi um negócio à parte. Um creme de chocolate morno, com amêndoas e
pedaços de chocolate, com chantilly e um geladinho de café por cima, ou Café-Choc. É para ir
dormir feliz!
Só
me restou parabenizar os Chefs belgas, Nicolas Navez e Pieter-Jan Coninx, que
comandam essa cozinha com maestria, e torcer para voltar lá em breve!
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Bom para ir a dois / negócios / amigos
Lembrando,
gente, que eu não sou nenhuma crítica de gastronomia. Sou uma mera fã da boa
mesa e do astral maravilhoso que paira em torno das refeições.
- Barraca do Chef
Avenida
Litorânea, 01. Calhau | Diariamente
das 11:00 à meia noite. Domingos e feriados fecha às 18:00
- Maracangalha
Alameda
Mearim, 12. Olho d’água | De
segunda a quarta das 11:30 à meia noite / de quinta a sábado das 11:30 à 1:00 /
domingo das 11:30 às 17:00.
- Gaia
Avenida
dos Holandeses, 145. Ponta do Farol. | Diariamente para almoço e jantar.
La Cuisine Bistrô
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>> O raphanomundo viajou a convite da Taguatur Turismo e Eventos.
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