Recife: Carnaval

Desde que vim morar em São Paulo, há 3 anos, o feriado do carnaval sempre vira uma dúvida gigante. Ano passado fugimos da folia e fomos bater em Gramado. Mas esse ano decidimos não lutar contra os nossos instintos e, com muita antecedência, fechamos que o carnaval seria em Recife. Afinal de contas, se o mundo acabar de verdade em 2012 teremos todo tempo do mundo pra descansar, né? 

Com passagem comprada e tudo organizado, ficou bem difícil não entrar na contagem regressiva que começou a partir da zero hora do dia 1º de janeiro. As prévias pipocavam em cada esquina e foi uma tortura acompanhar tudo isso somente via twitter. Até que o dia chegou e eu pude me juntar aos convivas e respirar, enfim, ares carnavalescos. 

Fantasia é traje obrigatório nas ruas do Recife

O Dragão do "Eu acho é pouco"

A corte da Cabra Alada

O vermelho e branco de um dos blocos mais bonitos do Recife - O Bonde

Os Caboclos de Lança

Os Caboclos de Lança lotam o Marco Zero do Recife

O maracatu rural invade o palco principal do carnaval do Recife

Já foi dito em muitos lugares, inclusive nesse blog, que o carnaval do Recife é incomparável. Plural, folclórico, multicultural, vanguardista, mas tradicional, descentralizado, irreverente... é uma lista de adjetivos bem extensa.

Só indo lá, no meio da massa colorida e fantasiada de milhares de pessoas, para saber o que é. Só indo atrás do Eu acho é pouco - entoando seu grito: "Eu acho é pouco, é bom demais!" para saber o porquê de tanto amor. Duvido você  ouvir os tambores da Cabra Alada soarem no ritmo das batidas de um coração forte e pulsante, e não se contagiar. Ou, ao ouvir a poesia do Bloco lírico O Bonde, não se apaixonar. Se o colorido dos caboclos de lança e suas nações não encherem sua vista, eu não sei o que encherá.